Em meio a crescentes especulações sobre uma possível coligação entre o Partido Liberal (PL) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) para as eleições de 2026, o presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, declarou que seguirá a decisão da direção nacional do partido.
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Embora o senador Wellington Fagundes (PL), um dos nomes fortes do partido defenda essa aliança, nomes como o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), e o deputado federal José Medeiros (PL), já se manifestaram contrários à união.
“Cachoeira só corre de cima para baixo, não corre de baixo para cima. Então é com tranquilidade que vai ter a discussão”, disse. “Eu sou a favor do que for decidido pela nacional. Quem tem o poder realmente de saber e fazer uma leitura junto conosco e com os nossos pensamentos, a gente tem que seguir. Eu vou seguir o que for determinado pela direção nacional do partido”, disse o dirigente, que também é secretário de governo do prefeito Abilio.
Quando questionado se havia discutido com o prefeito a possível coligação entre os dois partidos, ele afirmou que Abílio já possui um posicionamento claro está colocando isso. No entanto, Ananias reconheceu as divergências internas em relação aos candidatos para o Senado.
“O senador Wellington defende a candidatura de Medeiros, que é do PL. O Abílio defende a candidatura do Medeiros, que é do PL. Aí tem a segunda opção, que é essa que é a divergência em várias pessoas. O Cattani tem uma divergência. Ele coloca que o segundo voto dele hoje é do Galvan. O Abílio coloca que o segundo é Mauro”.
Ele deixou claro que isso será definido no próximo ano. “Não tenho nenhuma preocupação, e o presidente Valdemar tem o partido muito bem estruturado.” “Ele tem todas as garantias que o PL de Mato Grosso vai continuar unido”. “Assim vão se fazendo e estratificando. Mas eu tenho certeza, o PL vai chegar unido e vai sair unido da eleição”.
Na última semana, o senador Wellington Fagundes esteve em São Paulo, na quinta-feira (28), em encontro reservado com o ex-presidente Michel Temer (MDB). A reunião teve como objetivo reforçar o diálogo sobre a possível aliança entre PL e MDB em Mato Grosso. A parceria já teria o aval da executiva nacional de ambos os partidos.
Temer tem sido uma das principais vozes a favor da aproximação, contando inclusive com respaldo do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Fagundes aproveitou a oportunidade para agradecer o apoio do emedebista e buscar mais solidez para que o acordo avance.
A articulação enfrenta resistência de lideranças locais do PL, como o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini. Mesmo assim, a avaliação é de que a proximidade entre Temer e Jair Bolsonaro, que chegou a procurá-lo em junho para aconselhamento antes de depor ao Supremo Tribunal Federal (STF), pode pesar a favor da coligação.
Caso a parceria seja consolidada, o MDB deverá lançar a deputada estadual Janaina Riva ao Senado, enquanto o PL trabalha para emplacar o deputado federal José Medeiros como segundo nome da chapa.
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