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Empresa de médica que matou verdureiro está entre as envolvidas em esquema de superfaturamento



A empresa L.A. Servicos Medicos Ltda, que tem como sócios a médica Leticia Bortolini e o esposo dela, o médico urologista Aritony de Alencar Menezes, está entre as empresas investigadas na Operação Fio de Aço, deflagrada pela Polícia Civil na terça-feira (4) contra um esquema criminoso criado para direcionar contratações e simular a concorrência entre empresas para superfaturar procedimentos médicos custeados com recursos públicos.

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Conforme apurado, o grupo começava a atuar quando pacientes assistidos pela Defensoria Pública, em comarcas do interior, como Alta Floresta, Tangará da Serra e Guarantã do Norte, conseguiam na Justiça o direito de realizar procedimentos médicos pagos pelo Estado.

A Justiça recebia orçamentos de diferentes fornecedores, para escolher a empresa, mas a investigação apurou que os investigados simulavam esta concorrência. Entre as empresas que apresentavam propostas estavam: L.a Serviços Médicos, Contactmed, Rondelo, Uromed, entre outras.

A investigação descobriu que as empresas eram controladas pelo mesmo núcleo de pessoas, supostamente liderado pelo dono da Contactmed, Anderson Leôncio de Oliveira Araújo. A Contactmed quase sempre era a beneficiária final dos alvarás judiciais para receber os valores.

Foi apurado que houve superfaturamento, sendo que, em um dos casos, um procedimento orçado em R$ 16 mil por um hospital público, foi cotado pelas empresas do grupo por valores acima de R$ 144 mil.

Também foi verificado que empresas como a Contactmed, Rondelo e RSB Medical não possuíam sede física nos endereços declarados, ou seja, seriam empresas de fachada. Foi identificado, ainda, que várias empresas do grupo (Rondelo, Uromed, L.a Serviços Médicos) compartilhavam o mesmo escritório de contabilidade.

No caso da L.a Servicos Medicos Ltda, consta que Leticia Bortolini entrou como sócia administradora em maio de 2017, enquanto o marido dela, Aritony de Alencar, entrou em agosto de 2023. Aritony foi um dos principais alvos da operação.

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) disse que pediu informações à Polícia Civil, sobre os investigados, para que possa ser instaurada uma sindicância ou até um processo ético-disciplinar.

Leia a nota na íntegra:

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso informa que solicitou à Polícia Civil, nesta terça-feira (05.11), informações a respeito das investigações relacionadas à Operação Fio de Aço, que apura um suposto esquema criminoso criado para direcionar contratações e aquisições de equipamentos médicos custeados com recursos públicos.

O ofício encaminhado visa esclarecer a existência ou não de médicos entre os investigados e quais os documentos que embasam a investigação. Tais informações são necessárias para que haja a instauração de uma sindicância e, se for o caso, abertura de um Processo Ético-Disciplinar.



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