A Estação de Tratamento de Água (ETA) Cristo Rei, responsável por atender uma das regiões mais populosas de Várzea Grande, está operando atualmente com cerca de 60% da sua capacidade total.
A redução se deve a dois fatores principais. O primeiro está na captação: as bombas em funcionamento, há muitos anos, apresentam desgaste natural e, com isso, acabam despejando óleo junto à água bruta captada. Essa sujeira não chega às torneiras, já que é completamente removida durante o processo de tratamento. O impacto, no entanto, é sentido nas membranas de ultrafiltração, tecnologia utilizada na ETA Cristo Rei para garantir água de alta qualidade.
Quando o óleo entra em contato com essas membranas, ele impregna os módulos de filtragem, provocando obstruções cada vez mais rápidas. Isso obriga o sistema a parar constantemente para limpezas, diminuindo o tempo efetivo de produção e, consequentemente, o volume de água tratada disponível para distribuição.
Para solucionar a situação, as equipes do DAE já estão atuando em duas frentes: a substituição das bombas de captação, que vai eliminar a origem do problema, e, na sequência, uma limpeza química profunda nos módulos de ultrafiltração, devolvendo a plena eficiência ao sistema. O objetivo é que a estação aumente o quanto antes a capacidade de produzir, regularizando o abastecimento nos bairros atendidos.
O DAE reforça que a qualidade da água entregue à população está assegurada. Todo óleo é devidamente eliminado no processo de tratamento, e a água que chega às casas segue dentro dos padrões de potabilidade exigidos. O desafio atual está na quantidade, não na qualidade.
“Estamos trabalhando de forma intensiva para superar esse problema. A população pode ter a tranquilidade de que a água que recebe em casa é de qualidade. Nosso foco é garantir que o volume aumente, e por isso estamos investindo na modernização da captação e na manutenção do sistema”, destacou a coordenação técnica da autarquia.