Início NACIONAL ‘Façam lobby em Brasília, não em DC’

‘Façam lobby em Brasília, não em DC’


Aos americanos, os brasileiros falaram sobre os prejuízos causados pelas tarifas, a disrupção de cadeias produtivas e o potencial desemprego caso a sobretaxa persista. Ouviram que precisarão levar à Brasília o recado de que a atual tarifa é uma composição: 10% da taxa são “recíprocas”, gerais aos países de quase todo o mundo, e 40% são políticas, e devem ser negociadas no Departamento de Estado pelo governo brasileiro.

Trump anunciou a sobretaxa sobre o Brasil em 9 de julho em uma carta na qual listava o processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente enfrenta um julgamento por tentativa de golpe de estado, e decisões do Supremo Tribunal Federal sobre big techs como os motivos para as taxas.

A gestão de Lula já disse que só aceitará negociar se o processo de Jair Bolsonaro não for incluído na conversa. Para o governo brasileiro, ao forçar o assunto, Trump ignora a independência entre os poderes, ataca a soberania nacional e interfere em assuntos domésticos.

“Ao menos sentimos que há uma abertura para conversar”, disse um dos brasileiros presentes ao encontro à coluna, sob reserva.

Os brasileiros reconhecem a tensão da semana em que estão na cidade para tentar uma negociação. A administração Trump tem sinalizado que acompanha de perto o julgamento de Bolsonaro e que poderá atuar com novas sanções contra o país a depender do resultado.

Uma fonte da administração Trump confirmou à coluna hoje que bancos brasileiros receberam uma “carta confidencial” do Tesouro americano questionando as medidas tomadas por eles em relação às contas bancarias do Ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso contra Bolsonaro e sancionado com a Lei Global Magnitsky. O envio da carta foi revelado pela Folha de S.Paulo mais cedo. “Há apetite na administração para sancionar as instituições financeiras brasileiras que não cumpram o previsto na Magnitsky”, afirmou esta fonte.





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