Os índices futuros de Nova York operam em alta na abertura dos negócios desta semana, neste domingo (26) à noite, impulsionados pela expectativa de um novo corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) e pelo avanço das negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
Por volta das 7h45 (horário de Brasília), o Dow Jones Futuro subia 305 pontos (+0,64%), a 47.701 pontos, enquanto o S&P 500 Futuro ganhava 0,73%, a 6.877 pontos. O Nasdaq Futuro avançava 0,90%, a 25.739 pontos.
O petróleo WTI subia 0,83%, a US$ 62,01 o barril, e o rendimento dos Treasuries de 10 anos marcava 4,00% ao ano.
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Corte de juros e temporada de balanços
O mercado aposta amplamente em uma redução de 25 pontos-base na taxa básica dos Estados Unidos, decisão que será anunciada no dia 29 de outubro.
Segundo a ferramenta CME FedWatch, 96% dos investidores esperam que o juro caia para a faixa de 3,75% a 4,00% ao ano.
Além da política monetária, a semana será movimentada pela divulgação de resultados das gigantes de tecnologia.
Entre as empresas conhecidas como Magnificent 7, Alphabet, Amazon, Apple, Meta Platforms e Microsoft apresentam seus balanços do terceiro trimestre nos próximos dias.
Conforme a CNBC, as estimativas indicam números acima do esperado, em linha com as surpresas positivas de companhias que já divulgaram seus relatórios.
Avanço nas negociações entre EUA e China
O otimismo também é sustentado por sinais de progresso nas conversas comerciais entre Washington e Pequim.
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De acordo com a Bloomberg, autoridades dos dois países indicaram estar próximas de concluir um acordo abrangente após dois dias de negociações na Malásia, encerrados no domingo.
Os negociadores afirmaram ter alcançado um “consenso preliminar” sobre temas como controle de exportações, fentanil e tarifas marítimas, base para o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, previsto para quinta-feira (30), na Coreia do Sul.
O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse à CBS News que as conversas foram “construtivas e profundas” e confirmou que as ameaças de tarifas adicionais “estão fora da mesa”.
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Ele acrescentou que os produtores de soja dos EUA “ficarão extremamente satisfeitos com o acordo”, segundo o Market Watch.
Já o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, afirmou à Fox News que evitar restrições da China sobre terras-raras “é uma prioridade” e que há “progresso concreto nessa direção”.
Para o analista Dan Ives, da Wedbush, ouvido pela CNBC, um acordo comercial mais amplo entre EUA e China seria um “momento histórico para o setor de tecnologia”, capaz de impulsionar uma nova onda de valorização nas bolsas.
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Semana decisiva para os mercados
Além do Fed, os mercados acompanham decisões de outros grandes bancos centrais, como o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Japão (BoJ), ambos esperados para manter os juros inalterados.
Segundo Ulrich Urbahn, chefe de estratégia multiativos do Berenberg Bank, ouvido pela Bloomberg, “as decisões de política monetária e os balanços corporativos definirão a direção dos mercados até o fim do ano”.
Na sexta-feira, Wall Street encerrou a sessão em alta, com os três principais índices em recordes históricos: o Dow Jones subiu 1%, a 47.207 pontos; o S&P 500 avançou 0,79%, para 6.791 pontos; e o Nasdaq Composite ganhou 1,15%, a 23.204 pontos.





