No município afastado de Aripuanã, que fica a quase mil quilômetros ao norte de Cuiabá, garimpeiros viveram anos sob a mira de criminosos fortemente armados que extorquiam porcentagem dos lucros em cima de sua produção. Os criminosos eram empresários do município e através desse esquema angariavam vastas quantias dos trabalhadores.
Leia mais
Comando Vermelho exigia que população aderisse ao crime em troca de cestas básicas
Segundo o delegado Rodrigo Azem, titular da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), em entrevista concedida à imprensa na sede da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), os criminosos exigiam 2% do lucro em cima da produção dos garimpeiros.
“Estipulavam uma taxa aí de 2% em cima do que era produzido na extração do minério para que eles angariassem esse recurso e empregassem de forma ilícita em suas atividades”, explicou Azem.
A investigação da Polícia Civil durou dois anos e culminou na deflagração da Operação Primatus, onde foram expedidas quase 60 ordens judiciais contra os criminosos.
“Nós temos uma situação do núcleo que está ligado as extorsões dos garimpeiros onde acabam impondo medo às vítimas até mesmo com o uso de armas de fogo de grosso calibre”, declarou o delegado.
Devido à periculosidade dos criminosos, foi preciso que uma aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) atuasse na ação, além de agentes da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) que atuam em operações de alto risco.
FONTE





