Plano foi impresso duas vezes no Palácio do Planalto. De acordo com a Polícia Federal, as impressões aconteceram nos dias 9 de novembro e 6 de dezembro de 2022, após o ex-presidente Bolsonaro ser derrotado por Lula nas eleições realizadas em outubro daquele ano.
Núcleo 2 da trama golpista
Fernandes faz parte do núcleo 2 da trama golpista. Os integrantes depõem hoje e são acusado de “gerenciar” ações na tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder.
Acusação se baseia em delação e mais provas. A investigação da PF reuniu vários elementos, incluindo mensagens, arquivos encontrados em buscas e depoimentos do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Eles apontam que Mario Fernandes teria estado no Palácio do Planalto num dia em que Bolsonaro estava presente. O plano golpista foi impresso nessa ocasião. O militar seria, nas palavras de Cid, um radical que teria insistido no golpe antes mesmo do segundo turno.
Fernandes “assessorou” Bolsonaro. A PF recuperou conversas de Fernandes com Cid que indicam que o general “assessorou” Bolsonaro para dar seu primeiro discurso após a derrota para Lula em 2022. O ex-presidente ficou recluso após o segundo turno e só falou com apoiadores do cercadinho do Alvorada no dia 9 de dezembro. Mensagem de Fernandes para Cid no mesmo dia comemora o fato e aponta que o discurso teria sido uma sugestão do próprio general.
Supremo realizou interrogatórios dos réus dos núcleos 2 e 4 da trama golpista nesta tarde. Ao todo 12 réus foram ouvidos, faltando agora apenas Silvinei Vasques, ex-diretor geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal). O núcleo 2 é formado pelos servidores de segundo escalão da gestão Bolsonaro acusados de “gerenciar” ações golpistas, incluindo o plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do STF e a operação da PRF para priorizar estados do Nordeste em blitze no segundo turno das eleições de 2022.