Em meio a notícias de que o governo federal estuda acessar reservas de lucros de estatais para reforçar os resultados fiscais por meio do pagamento de dividendos extraordinários — com foco especial na Petrobras (PETR4; PETR3) —, o Bradesco BBI avaliou que, diante do atual patamar dos preços do petróleo, não seria prudente a estatal realizar esse tipo de distribuição.
Ainda assim, o BBI reconhece que a petrolífera possui uma reserva mínima de caixa e margem para alavancagem, o que poderia viabilizar o pagamento extraordinário de dividendos, caso a decisão avance.
Por volta das 11h47, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) subiam 0,68%, a R$ 29,56, enquanto os papéis ordinários (PETR3) avançavam 1,03%, a R$ 31,52.
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Segundo informações do jornal Valor Econômico, tanto a Petrobras quanto o BNDES sinalizaram que qualquer eventual medida dependerá de análise técnica e aprovação interna.
Atualmente, o BBI prevê um rendimento anual de dividendos em dinheiro de 11% para a empresa, e para cada US$ 1 bilhão em dividendos complementares, esse rendimento aumenta em 1,3%.
A Genial Investimentos, por sua vez, comenta que a possibilidade de distribuição de dividendos extraordinários pela Petrobras pode ter implicações mistas. Por um lado, a liberação de reservas de lucro pode beneficiar acionistas no curto prazo. Por outro, a pressão para distribuir recursos pode limitar a capacidade de investimento da companhia em projetos estratégicos, afetando seu crescimento futuro.
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Além disso, a Genial pontua que a falta de clareza sobre os critérios para essa distribuição pode aumentar a percepção de risco regulatório entre os investidores.
O time análise da Genial manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 48.