A Polícia Civil identificou que o grupo criminoso investigado na “Operação Scutum Viparae”, deflagrada nesta terça-feira (23), em Campo Verde, lucrou pelo menos R$ 20 mil em apenas nove dias com a prática de extorsão contra comerciantes locais.
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Segundo as investigações, os comerciantes eram obrigados a realizar pagamentos ilícitos sob ameaças veladas. As cobranças eram feitas pessoalmente nos estabelecimentos ou por meio de mensagens, sempre sob o falso pretexto de oferecer “segurança” para integridade física e patrimonial das vítimas.
Além da extorsão, os criminosos também atuavam no tráfico de drogas, organizados em funções como armazenamento, transporte, distribuição e controle de estoque de entorpecentes. De acordo com a Polícia Civil, eles ainda aplicavam sanções a traficantes devedores e recebiam valores tanto do tráfico quanto da cobrança ilegal sobre comerciantes.
Os pagamentos eram realizados via Pix ou em espécie, depositados diretamente nas contas dos investigados, que rapidamente transferiam os valores para contas das esposas. Uma delas é companheira do homem apontado como líder da organização.
O delegado de Campo Verde, Philipe de Paula da Silva Pinho, informou que a Justiça determinou o bloqueio judicial de R$ 277 mil em cada uma das 11 medidas cautelares de bloqueio bancário, valor estimado da movimentação financeira do grupo entre janeiro e março deste ano, especialmente oriunda das extorsões.
As investigações apontaram que os criminosos cobravam dos proprietários de estabelecimentos uma “taxa” que variava entre R$ 100 e R$ 600 por mês, em troca da suposta proteção.
Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão domiciliar, 7 mandados de prisão preventiva e 11 mandados de bloqueio de bens nas cidades de Campo Verde, Jaciara e Acorizal.
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