Allanderson Tapajos, marido de uma mulher assediada em um supermercado da rede Comper no bairro Jardim Petrópolis, em Cuiabá, relatou em suas redes sociais como conseguiu flagrar o suspeito. O caso foi no último domingo (3) à noite e ganhou repercussão nesta terça-feira (5).
Leia também
Conselho Nacional de Justiça aposenta compulsoriamente juiz federal de MT
O homem contou que foi alertado por outra mulher que também fazia compras sobre a movimentação do assediador e que, após uma perseguição, viu o suspeito assistindo aos vídeos que havia acabado de fazer.
Segundo Allanderson, uma cliente se aproximou de sua esposa para avisar que um homem a estava perseguindo e havia colocado o celular por baixo de sua saia. O marido, então, perguntou quem era o suspeito e a mulher apontou para um homem que estava em outro caixa.
O assediador, percebendo a movimentação, saiu do supermercado e foi para o estacionamento. Allanderson seguiu e, ao se aproximar do carro do suspeito, viu que ele estava assistindo aos vídeos que havia acabado de gravar.
“No que eu cheguei e me aproximei do carro, eu vi ele assistindo o vídeo, que ele tinha acabado de fazer dentro do mercado, colocando o celular, a câmera, filmando a saia de alguém”.
Allanderson contou que, ao pegar o celular do suspeito para apagar o vídeo, descobriu que sua esposa não era a única vítima.
“Realmente a minha mulher tava lá [gravada no celular] e tinha uma outra mulher também. […] Tinha uma mulher de vestido preto saindo de um Kwid. Mas na hora do calor eu não chamei ela porque eu também não posso expor ninguém ao ridículo ali. Mas se você estava no Comper por volta das 8h00, Porque a gente passou a comprar às 8h10, então isso aconteceu antes, ‘você foi violada’, não sei quantas foram porque tinha mais um vídeo no celular dele”.
O homem afirmou que houve recusa de um funcionário do supermercado em ceder as imagens de segurança, mas garantiu que continuará com o caso na Justiça.
“Nós vamos dar andamento e nós vamos abrir todos os processos possíveis, mas a gente precisa de informações. A gente vai tentar, no primeiro momento, o funcionário do Comper se negou as imagens, mas a gente vai tentar entrar em contato com o Comper também para conseguir as imagens internas, as pessoas que viram a situação, porque ele também confessou o crime dele na frente de todo mundo lá”.