A juíza Helícia Vitti Lourenço, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva do policial militar aposentado Jerfson Santana Vieira, detido após atropelar um motociclista e agredir uma jornalista com um soco no rosto durante a cobertura da ocorrência. A magistrada também determinou que o suspeito seja internado em um hospital psiquiátrico.
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PM aposentado que atropelou motociclista e agrediu jornalista alega não se lembrar de nada; assista
Na decisão, a juíza destacou que os atos praticados pelo ex-PM foram de alta gravidade, colocando vidas em risco, já que o motociclista segue internado em estado grave após ser atropelado. Além disso, ressaltou o comportamento agressivo do suspeito, que não apenas agrediu a jornalista, mas também afirmou que, se estivesse armado, “mataria todo mundo”. Para Helícia, sua liberdade representa risco à ordem pública.
A magistrada também determinou que o policial seja submetido a um exame de insanidade mental, diante de indícios de que estaria em surto psicótico. Antes da internação definitiva, ele deverá passar por atendimento de urgência na UPA Verdão, para avaliação de seu estado de saúde e eventual necessidade de medicação.
Após os exames, o PM será internado em hospital psiquiátrico a ser definido pelo médico responsável. Caso não haja vaga, ele deverá permanecer em uma sala especial no Batalhão da PM, em razão de seu histórico na corporação, até que o encaminhamento seja possível.
Relembre o caso
O policial aposentado foi preso na noite de terça-feira (26), após bater contra um carro e atropelar um motociclista na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. Durante o atendimento da ocorrência, ele agrediu uma jornalista com um soco no rosto.
Em depoimento, o ex-PM alegou não se lembrar dos fatos e afirmou que sua intenção era tirar a própria vida. Em certo momento, declarou ainda que “ouve vozes”, o que o deixa furioso.
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