O Federal Reserve (FED) reduziu as taxas de juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, levando a taxa dos Fed Funds para a faixa de 3,75% a 4%. A medida era esperada pelo mercado, mas o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, trouxe um tom mais duro, indicando divergências entre os membros do comitê sobre os próximos passos da política monetária.
Além do corte, o banco central americano anunciou o fim do Quantitative Tightening em dezembro — processo de redução de liquidez no sistema financeiro. A decisão reforça a falta de consenso sobre os rumos da economia americana e aumenta as dúvidas sobre a trajetória dos juros em 2025.
Empresas brasileiras divulgam balanços do 3º trimestre
A temporada de resultados do terceiro trimestre trouxe números mistos entre as companhias brasileiras. A Ambev apresentou desempenho fraco, impactada por condições climáticas desfavoráveis e pela desaceleração da indústria. Já o Bradesco reportou lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões, em linha com as expectativas do mercado.
Os investidores seguem atentos à divulgação de novos resultados corporativos, que devem ajudar a calibrar as perspectivas sobre o crescimento econômico e o comportamento dos setores financeiro e de consumo até o fim do ano.
Fundos imobiliários ganham destaque antes da queda da Selic
Mesmo com a Selic ainda em 15% e a expectativa de cortes apenas a partir de março de 2026, os fundos imobiliários seguem em alta. O desempenho tem sido impulsionado por descontos atrativos e fundamentos sólidos, apoiados por uma economia ainda aquecida.
De acordo com análise da XP, investidores que se posicionam antes do início do ciclo de queda dos juros tendem a obter retornos superiores, uma vez que o mercado antecipa o movimento dos juros futuros. O momento, portanto, pode ser estratégico para quem busca oportunidades no setor.
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Big techs superam expectativas no 3º trimestre
As gigantes de tecnologia voltaram a surpreender positivamente. A Meta Platforms (M1TA34) registrou crescimento de 3,3% na receita e de 7,5% no lucro por ação, impulsionada pelo bom desempenho em anúncios e pelo avanço da inteligência artificial em suas plataformas.
A Microsoft (MSFT34) também apresentou resultados sólidos, com expansão das margens operacionais e avanço consistente nas soluções de nuvem e IA. Os números reforçam o protagonismo das big techs no cenário global, mesmo diante de um ambiente macroeconômico desafiador.
Nvidia atinge US$ 5 trilhões em valor de mercado
A Nvidia (NVDC34) alcançou um marco histórico ao se tornar a primeira empresa a atingir US$ 5 trilhões em valor de mercado. O feito aconteceu apenas três meses após ultrapassar a marca dos US$ 4 trilhões, impulsionada por novos contratos estratégicos e pelo otimismo em torno da inteligência artificial.
Desde o lançamento do ChatGPT, em 2022, as ações da companhia se valorizaram mais de 12 vezes, consolidando a Nvidia como referência global em chips e infraestrutura de IA. O movimento reflete o entusiasmo dos investidores com o potencial de crescimento do setor.
As temperaturas incomumente baixas nas regiões Sul e Sudeste continuam impactando o desempenho do varejo, especialmente o setor de vestuário. Após o bom momento no segundo trimestre, o terceiro trimestre registrou vendas mais fracas, e as previsões para novembro seguem pouco animadoras.
Analistas apontam que as condições climáticas adversas devem permanecer como um fator de risco no curto prazo, atrasando a retomada do consumo em um período historicamente favorável para o comércio.
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Fitch rebaixa rating global da Raízen
A agência Fitch rebaixou o rating global da Raízen S.A. e da Raízen Energia S.A. de ‘BBB’ para ‘BBB-’, além de colocá-los em observação negativa. A decisão reflete a expectativa de que as métricas de crédito da empresa continuem pressionadas, sem eventos relevantes de desalavancagem no curto prazo.
Apesar do rebaixamento internacional, os ratings nacionais de longo prazo foram reafirmados em ‘AAA(bra)’ com perspectiva estável. A avaliação indica que, no cenário doméstico, a companhia mantém solidez operacional e boa capacidade de pagamento.
Setor de pagamentos acelera retorno aos acionistas
As empresas Stone e PagBank passam por uma fase de transformação em seus modelos de negócio, ampliando a participação dos segmentos bancário e de crédito nos resultados. A XP revisou suas estimativas para ambas e introduziu projeções de preço-alvo para o fim de 2026.
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Os ajustes refletem o avanço operacional e a retomada da rentabilidade das companhias, que vêm acelerando a geração de caixa e o retorno aos acionistas em um ambiente mais competitivo e tecnológico.





