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Justiça mantém prisão e bloqueio nas contas de tenente preso pela PF por lavar R$ 66 milhões



O juiz Rhamice Ibrahim Ali Ahmad Abdallah, plantonista criminal da Comarca de Rondonópolis, decretou a prisão preventiva e o bloqueio das contas do tenente da Polícia Militar Marcel Castor Abreu, detido pela Polícia Federal nesta quarta-feira (19) acusado de de lavar R$ 66 milhões por meio de contas de possíveis “laranjas”. Marcel foi preso em flagrante em Rondonópolis, onde foi localizado com quase R$ 1 milhão em espécie.

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O tenente foi submetido a audiência de custódia nesta quinta-feira (20), após ser conduzido pela polícia ao fórum municipal sem intercorrências. O juiz examinou o flagrante e decidiu pela homologação.

A defesa do tenente pediu a liberdade provisória, mas o magistrado converteu o flagrante em prisão preventiva anotando que a detenção foi devidamente formalizada, com depoimentos dos condutores, testemunhas e o interrogatório dele, bem como para preservar a ordem pública e impedir que, livre, Marcel possa interferir nas tramitações do processo. Na mesma ordem, o magistrado manteve a indisponibilidade dos ativos financeiros em nome do militar.

Marcel foi preso nesta quarta após um mês de investigação. No período, os agentes federais verificaram transações bancárias vultuosas, incompatíveis com o perfil econômico dele.

Ao longo da apuração, foi identificado que Marcel investigado movimentou mais de R$ 66 milhões nos últimos anos, revelando evolução patrimonial e financeira sem correspondência com rendimentos de origem lícita.

As diligências apontam que o investigado utilizava contas bancárias próprias e de terceiros para movimentar quantias milionárias, além de realizar saques anuais de grandes valores em espécie, com o intuito de ocultar a origem e o destino dos recursos.

O saque de R$ 800 mil flagrado pelos policiais, segundo as investigações, fazia parte de uma estratégia de ocultação temporária para dificultar o rastreamento fiscal e posterior reinserção dos valores na economia. As medidas cautelares da operação incluem o bloqueio judicial de até R$ 11,3 milhões, mantido pelo juiz, visando preservar ativos para eventual recuperação futura.

Confirmada a autoria dos crimes, o investigado poderá responder por lavagem de dinheiro, além dos delitos antecedentes identificados no curso das investigações.



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