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Líder de esquema de sonegação criou mil empresas falsas e ostentava carros de luxo



O delegado João Paulo Firpo, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz) revelou que o líder do esquema de sonegação fiscal desarticulado pela Operação Hortifraude, deflagrada nesta terça-feira (30), criou pelo menos mil empresas falsas e possuía diversos carros de luxo. As fraudes contaram com a participação de 21 contadores.

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Foram cumpridos mandados em Cuiabá, Várzea Grande e São Paulo. De acordo com as informações levantadas nas investigações, o prejuízo causado aos cofres públicos ultrapassa R$ 45 milhões. De acordo com o delegado João Paulo Firpo, o alvo de São Paulo, o líder do esquema, foi o responsável por criar todo o sistema de fraudes. Ele usava dados de pessoas próximas e roubava dados para a criação das empresas. Além disso, também dava consultoria sobre como fraudar imposto.

Foi apurado que ele criou pelo menos mil empresas para cometer as fraudes, chegando a fechar e abrir várias no mesmo dia. Na casa dele a polícia encontrou diversos talões de cheques, cartões de crédito e carros de luxo. O suspeito é investigado desde, pelo menos, o ano de 2021.

Segundo a polícia, o esquema só foi possível por conta da participação dos contadores, já que eles emitiam comprovantes falsos de pagamentos de impostos.

Operação Hortifraude

São cumpridas na operação 148 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal, afastamento de sigilo de dados telemáticos, suspensão dos registros profissionais de contadores e de escritórios de contabilidade (CRCs), suspensão do exercício de atividade de natureza econômica ou financeira de empresas, entre outras medidas. Os mandados foram deferidos pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz de Garantias do Estado de Mato Grosso.

As investigações, conduzidas em inquérito policial instaurado na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz), revelaram um complexo esquema de fraude fiscal estruturado e que envolvia a criação e administração de empresas de fachada, muitas vezes registradas em nome de “laranjas”, pessoas sem conhecimento ou capacidade financeira.

ssas empresas eram usadas para simular operações comerciais, emitir notas fiscais frias e viabilizar a circulação de mercadorias sem o devido recolhimento de tributos, especialmente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A fraude se mantinha por intermédio da rápida substituição dessas entidades, dificultando o rastreamento pelas autoridades. Contadores e escritórios de contabilidade também participavam do esquema com o objetivo de enganar a fiscalização tributária.



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