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Lula diz a Motta que Congresso nunca teve ‘tão baixo nível’


Estadão

Lula discursa ao lado de Hugo Motta e critica a Câmara dos Deputados, no Rio de Janeiro

O presidente Lula (PT) reclamou hoje publicamente da “baixa qualidade” do Congresso ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em evento no Rio de Janeiro.

“Ele [Motta] sabe que esse Congresso nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora”, disse Lula.

“Aquela extrema direita que se elegeu na eleição passada é o que existe de pior”, completou, à frente do parlamentar, que acompanhava o evento sentado no palco.

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A crítica de Lula não é nova, mas nunca foi tão direta. É comum que o presidente se refira à legislatura de 2023-2026 como a “pior da história”, mas, até então, não tinha falado diretamente a um presidente de uma das Casas.

Na semana passada, a oposição conseguiu derrubar uma MP (medida provisória) que deixaria o governo arrecadar mais R$ 17 bilhões em 2026.

O governo não teve votos suficientes para manter a análise do texto que taxaria rendimentos de aplicações financeiras e apostas esportivas.

Ela caducou, sem ser votada.

Esta é uma derrota importante do governo no Congresso.

A base governista não chegou a um acordo para aprovar a principal proposta de arrecadação para o orçamento.

Ela foi publicada em 11 de junho e não conseguiu ir a plenário, mesmo com esforço do Planalto e retirada de partes do relatório para passar em comissão especial.

Sem citar a votação, Lula disse que “não se coloca a raposa pra tomar conta de galinheiro”.

“A raposa vai comer a galinha”, argumentou o presidente.

Mais cedo, Motta ouviu protestos. Em comemoração ao Dia do Professor na capital fluminense, com um palanque majoritariamente de esquerda, o parlamentar ouviu vaias e gritos de “sem anistia” por parte do público quando foi discursar, antes do presidente.

Lula focou sua fala nas eleições de 2026, algo cada vez mais frequente em seus discursos.

“A gente não pode ter um presidente que nega que existiu a Covid, que nega a vacina, que distribui remédio para as pessoas tomarem que não vale nada, que tem um médico da saúde que não entendia porra nenhuma de saúde”, disse, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a seu ministro Marcelo Queiroga.

Ele também pediu aos fluminenses que não votassem na família de Bolsonaro.

“A gente não vai permitir a volta de mentiroso nesse país. Chega! Chega de cidadão ir para os Estados Unidos inflar os americanos contra nós —e tem alguém da família que é candidato a senador aqui”, disse, em referência ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA, e ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que deverá tentar a reeleição pelo estado.

Carlos Bolsonaro, atual vereador na capital, também deverá se lançar ao Senado, mas por Santa Catarina.





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