Início NACIONAL Lula usa X para reforçar discurso sobre soberania após 7 de setembro

Lula usa X para reforçar discurso sobre soberania após 7 de setembro


Depois de um feriado de 7 de Setembro marcado pelo “Brasil Soberano”, por parte do Governo Federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais para reforçar o discurso. No X, Lula escreveu: “O Brasil tem lado. O do povo brasileiro”.

“Neste 7 de Setembro, reafirmamos nosso compromisso com um Brasil soberano e independente. Um Brasil que respeita seu povo e honra sua bandeira”, completou. No post, o texto é seguido por uma série de publicações sobre o conceito de soberania, entre eles “o poder de decidir nosso futuro” e “colocar o povo no centro das decisões”.

O primeiro ato do presidente para este 7 de Setembro foi um discurso veiculado na noite desse sábado (6/7). “Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro. Mantemos relações amigáveis com todos os países, mas não aceitaremos ordens de quem quer que seja. O Brasil tem um único dono: o povo brasileiro”, declarou.

Na manhã deste domingo (7/9), o presidente esteve no desfile cívico-militar para a Independência, que foi dividido em três eixos temáticos: dois deles intitulados Brasil dos Brasileiros e Brasil do Futuro e o terceiro sobre a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro, em Belém (PA).

A bordo do tradicional Rolls Royce e ao lado da primeira-dama, Janja da Silva, Lula atravessou a Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Ao todo, 30 ministros de Estado e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acompanharam a cerimônia.

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Lula e Janja no desfile do 7 de Setembro de 2025

Foto: TV Brasil/Reprodução

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O desfile do 7 de setembro deste ano é o penúltimo do atual mandato de Lula

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Forças armadas marcaram presença no desfile cívico-militar do 7 de Setembro em Brasília

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Desfile cívico-militar do 7 de Setembro em Brasília

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Nenhum dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) compareceu. Ausências de Fernando Haddad, da Fazenda – que está em São Paulo -, e do presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União), também foram sentidas.

O Palácio do Planalto estimou um público de 45 mil pessoas no evento, número superior ao do ano de 2024, que foi de 30 mil.

O esquema de segurança contou com o reforço de policiamento em toda a região central e a atuação de tropas especializadas da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Não foram registradas ocorrências nem durante o desfile de 7 de Setembro nem nas manifestações realizadas neste domingo.

Atos pró-Bolsonaro

Do outro lado, o ato pró-Bolsonaro, realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, durante a tarde, conseguiu ser maior que o da esquerda, que aconteceu bem próximo, na Praça da República (SP).

De acordo com o Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Common, 42, 2 mil pessoas foram ao protesto bolsonarista enquanto 8,8 mil estiveram no ato de esquerda.

O ato defendeu, principalmente, a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, que livraria também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de uma possível condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma semana decisiva no julgamento de Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado — que pode terminar com a condenação do núcleo principal da suposta trama golpista –, os números pressionam e funcionam como termômetros.

Com o slogan “Reaja Brasil”, essa foi a primeira manifestação desde a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro e marca o protagonismo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na articulação política pela anistia no Congresso Nacional.

No palanque, Tarcísio criticou a delação do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, e, pela primeira vez, chamou o ministro Alexandre de Moraes de “tirano”. “Por que vocês estão gritando isso [fora, Moraes]? Talvez porque ninguém aguenta mais a tirania do ministro Moraes”, disse.

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Tarcísio de Freitas na Avenida Paulista

Danilo M. Yoshioka/Metrópoles

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Valdemar da Costa Neto, Silas Malafaia e Tarcísio de Freitas conversam durante manifestação bolsonarista na Avenida Paulista

Sam Pancher/Metrópoles

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Pastor Silas Malafaia em ato na Avenida Paulista

Danilo M. Yoshioka

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Michelle Bolsonaro e Silas Malafaia em manifestação na Avenida Paulista

Valentina Moreira/Metrópoles

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Silas Malafaia canta o hino nacional na Avenida Paulista

Danilo M. Yoshioka/Metrópoles

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Michelle Bolsonaro se emociona e chora em ato na Avenida Paulista

Danilo M. Yoshioka/Metrópoles

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Manifestantes de direita foram às ruas no Rio de Janeiro

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Copacana foi um dos locais escolhidos para manifestações da direita

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Apoiadores de Jair Bolsonaro pedem anistia em ato no Rio de JANEIRO

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Bandeiras dos Estados Unidos se misturaram à bandeiras do Brasil em manifestações da direita em Brasília

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

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O principal organizador da manifestação bolsonarista deste domingo, o pastor Silas Malafaia também atacou, mais uma vez, Alexandre de Moraes, chamando o ministro do STF de “ditador de toga”, e elogiou a atuação de Tarcísio na articulação política pela anistia, afirmando que o governador se tornou um “leão” na defesa do projeto.

Já a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) discursou em meio a lágrimas na Avenida Paulista. Ela começou a chorar ainda durante a fala do pastor Silas Malafaia, pediu desculpas e disse que Bolsonaro está “amordaçado dentro de casa”.

Ainda na Avenida Paulista, uma bandeira gigante dos Estados Unidos (EUA) foi erguida por bolsonaristas.

Em publicação no X, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), autoexilado no país norte-americano desde março, disse que a bandeira é um “protesto pela liberdade”, contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de um “agradecimento” ao presidente dos EUA, Donald Trump, por “trabalhar para consertar a bagunça deixada por seus antecessores”.



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