O governador Mauro Mendes (União) afirmou que prefeitos e lideranças políticas têm autonomia para definir seus posicionamentos eleitorais e que “ninguém é submisso a uma decisão partidária”.
Leia também
Convidada a ser vice de Jayme, prefeita de Jaciara diz que está disposta a abrir diálogo: ‘vamos dar tempo ao tempo’
A fala ocorre após o presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, cobrar fidelidade dos filiados diante do racha interno sobre qual projeto apoiar para o governo em 2026: o do senador Wellington Fagundes (PL) ou o do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), que conta com o apoio de Mauro.
Questionado sobre o “puxão de orelha” de Ananias aos prefeitos do PL que têm demonstrado simpatia à pré-candidatura de Pivetta, o governador minimizou o episódio e destacou a liberdade individual dos gestores municipais.
“Gente, eu não… Acho que cada partido tem as suas estratégias. Nós estamos muito longe das eleições. Os prefeitos, qualquer cidadão, ele tem autonomia para fazer o que quiser. As pessoas… Ninguém é submisso a uma decisão partidária. Principalmente cargo de executivo”, afirmou.
Mauro ressaltou que a legislação permite que agentes políticos façam escolhas de acordo com sua conveniência e trajetória.
“Eu posso, a qualquer momento, mudar de partido, se eu quiser. Qualquer prefeito pode, qualquer senador pode, porque tem essa liberdade pela lei brasileira”, disse.
Ele acrescentou não conhecer o contexto específico da declaração de Ananias, mas avaliou que movimentos desse tipo são comuns no período pré-eleitoral.
“Os partidos, eles estão se movimentando aí nesse período pré-eleitoral. Mas é muito cedo ainda para ficar cravando situação ABC”, comentou.
Na avaliação do governador, o crescimento da pré-candidatura de Pivetta no estado é um reflexo direto da performance do governo nos últimos anos.
“Fato é, o projeto de candidatura do Pivetta está crescendo no estado de Mato Grosso. As pessoas estão percebendo que ele representa este governo que performou tão bem nos últimos anos em Mato Grosso”, afirmou.
“O que nós fizemos, historicamente, não há paralelo na história de Mato Grosso. De tanto investimento, de tanta obra, de tanto resultado positivo. E esse governo, com essa mesma performance, nós estamos oferecendo para a sociedade, para o povo de Mato Grosso, que ele possa continuar”, acrescentou.
O debate sobre fidelidade partidária e alinhamento interno ocorre em meio à disputa entre correntes do PL para definir a estratégia eleitoral de 2026. Enquanto parte da sigla defende candidatura própria, representada por Wellington Fagundes, outra ala prefere caminhar com Pivetta. Prefeitos como Abilio Brunini, de Cuiabá, e Flávia Moretti, de Várzea Grande, têm mantido relação próxima com o vice, o que motivou a advertência feita por Ananias.
FONTE
