Início NACIONAL Michel Temer defende diálogo e reprova ações dos EUA: “Inadmissível”

Michel Temer defende diálogo e reprova ações dos EUA: “Inadmissível”


O ex-presidente Michel Temer publicou um vídeo na rede social X, nesta quarta-feira (23/7), em que condena as recentes atitudes do governo dos Estados Unidos, como a taxação de produtos brasileiros e o cancelamento de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Para Temer, as medidas são “injustificáveis e inadmissíveis” e não devem ser tratadas com “bravatas ou agressões”.

“O que é injustificável e inadmissível. São inadequações que não se resolvem, contudo, com bravatas, com ameaças, com retruques, com agressões. Resolve-se pelo diálogo que se faz entre nações, especialmente nações parceiras”, declarou.

Na gravação, o ex-mandatário ressalta que momentos de instabilidade exigem mais moderação e diplomacia. De acordo com Temer, a solução para encontrar um caminho em uma tempestade é “procurando abrigo no porto seguro do diálogo”.

Ainda segundo ele, o caminho para contornar a crise diplomática não deve ser o confronto, mas sim a articulação entre governos. “Em momentos sombrios, sejamos sóbrios”, afirmou.

Temer também destacou que eventuais respostas às ações norte-americanas precisam respeitar os tratados internacionais e a Constituição brasileira. “É isso que mantém a democracia viva e um país soberano. […] Devemos agir e reagir como a nação livre e soberana que somos, sem excessos de ambas as partes”, concluiu.

Tarifas norte-americanas contra o Brasil

No início do mês, Donald Trump anunciou a decisão de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, marcando um novo capítulo na já tensa relação comercial entre os dois países.

A medida foi oficializada em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prometeu reagir com base na recém-sancionada Lei da Reciprocidade Econômica — dispositivo legal que autoriza o Brasil a aplicar contramedidas proporcionais a ações unilaterais que prejudiquem sua competitividade.

A taxação é a mais alta imposta aos parceiros comerciais dos EUA sob a nova gestão de Trump, que tem mirado especialmente países do Brics.

O gesto é visto como retaliação após Lula endurecer o discurso internacional e se distanciar do alinhamento que havia entre Trump e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem o republicano continua defendendo publicamente.





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