Início NACIONAL Moraes nega pedido de Bolsonaro e diz que não admitirá “tumulto”

Moraes nega pedido de Bolsonaro e diz que não admitirá “tumulto”


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, nesta segunda-feira (30/6), um pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no âmbito da ação penal da suposta trama golpista, e advertiu, dizendo que não aceitará “tumulto processual”.

O pedido solicitava que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestasse sobre uma suposta conta do Instagram do tenente-coronel Mauro Cid antes de apresentar as alegações finais na ação penal relacionada à trama golpista.

“Conforme já ressaltado inúmeras vezes, não será admitido tumulto processual e pedidos que pretendam procrastinar o processo. O curso da ação penal seguirá normalmente, e a Corte analisará as questões trazidas no momento adequado”, destacou Moraes na decisão.

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Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro

KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

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O tenente-coronel Mauro Cid

Hugo Barreto/Metrópoles

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Tenente-coronel Mauro Cid

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

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O tenente-coronel Mauro Cid

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

7 de 7Hugo Barreto/Metrópoles

Detalhes do pedido

Nesta segunda (30/6), a defesa de Bolsonaro encaminhou a Moraes um documento em que afirma que Cid mentiu em depoimento à Polícia Federal (PF) ao dizer que não utilizou uma conta no Instagram com o nome da esposa.

Os advogados de Bolsonaro sustentam que Cid mentiu à PF ao afirmar que a conta @gabrielar702 não era dele e que desconhecia quem havia criado o perfil.

Além de apresentar as provas fornecidas pela Meta, que indicam que o e-mail utilizado na conta era associado a Cid, os defensores apontaram que o número de recuperação vinculado ao e-mail é o mesmo número de telefone do celular apreendido do ex-ajudante de ordens em 2023.

“Da mesma forma, os documentos dos autos também demonstram, com clareza, onde estava localizado o computador que acessava o perfil Gabrielar e enviava as mensagens: a pesquisa dos endereços de IP informados tanto pela Meta quanto pelo Google mostra que o perfil foi criado, ao que se constata, da residência do delator”, afirmam os advogados, liderados por Celso Vilardi.

Uso de VPN

A defesa de Bolsonaro também contestou o depoimento de Cid quando ele afirmou que nunca utilizou VPN. Segundo os advogados, o IP responsável por apagar a conta @gabrielar702 está localizado na Dinamarca — o que indicaria o uso de VPN. “Ainda ‘coincidentemente’, a documentação enviada pelo Google Brasil demonstra que o e-mail ‘[email protected]’ foi acessado no mesmo dia, dois minutos antes, por celular e por computador”, diz a defesa.

“O que, portanto, tem se revelado nestes autos é que as mentiras do delator não só têm se amontoado, como também são cada vez mais descaradas e, aparentemente, envolvem destruição de provas”, completam os advogados do ex-presidente.

A defesa pediu que as informações apresentadas no inquérito que investiga uma suposta obstrução às apurações sobre a trama golpista sejam anexadas à ação penal do golpe.

Depoimentos

O inquérito terá mais andamentos com os depoimentos do ex-assessor Fabio Wajngarten e do advogado do ex-presidente, Paulo Cunha Bueno.

Os dois serão ouvidos no inquérito, nesta terça-feira (1°/7), que apura uma possível tentativa de obstrução da ação penal que investiga uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder. Os depoimentos ocorrerão de forma simultânea por volta das 14h.

Na mesma data, também prestarão depoimento Marcelo Câmara e o advogado dele, Eduardo Kuntz. O defensor apresentou à PF áudios em que aparece conversando com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.



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