Com a morte de Oscar Travassos, na segunda-feira (2), Mato Grosso despede-se de uma das lendas da Segurança Pública, que por sua atuação ao longo de sete anos à frente da Secretaria de Segurança Pública ficou com um pé no céu e outro no inferno dividindo opiniões entre os que apoiam seu estilo xerifão e aqueles que defendem o branco combate à violência. Também com seu adeus, Travassos reduz para 40 o número de ex-deputados federais mato-grossenses entre nós.
Oscar César Ribeiro Travassos morreu aos 97 anos, no Rio de Janeiro, onde nasceu. Seu corpo será sepultado hoje naquela capital. Deixa a viúva Oscarlina, quatro filhos e netos.
Travassos veio para Mato Grosso em 1960 e foi nomeado promotor de Justiça. Três anos depois foi designado juiz de direito. Em 1968 foi promovido a desembargador do Tribunal de Justiça e o presidiu. Em 1980 se aposentou.
Júlio Campos se elegeu governador em 1982, tomou posse em 1983 e nomeou Travassos secretário de Segurança Pública e ele permaneceu no cargo até 1986. Na secretaria Travassos tornou-se conhecido Mato Grosso afora e em 1990 disputou e venceu a eleição para deputado federal pelo PDS.
Travassos tinha uma veia policial e ao invés de assumir o mandato na Câmara, foi nomeado secretário de Segurança Pública em 1991, pelo governador Jayme Campos e permaneceu no cargo até o final de 1993, quando assumiu o cargo na Câmara. No período em que foi secretário, Travassos foi substituído pelo suplente Joaquim Sucena.
Dos ex-deputados, nove permanecem na vida pública relevando funções relevantes, além de outros em cargos secundários. Abílio Brunini é prefeito de Cuiabá, e Roberto Dorner, de Sinop. Fábio Garcia e Juarez Costa são deputados federais. Antônio Joaquim é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Wellington Fagundes é senador. Wilson Santos e Júlio Campos são deputados estaduais. Os ex-deputados federais Carlos Bezerra e Júlio Campos, eleitos em 1978, são os que exerceram o cargo há mais tempo.
HISTÓRICO – Antes da morte de Travassos Mato Grosso tinha 42 ex-deputados federais. Sem ele, são 41: Ságuas Moraes (de Juína), Osvaldo Sobrinho, Adilton Sachetti (de Rondonópolis), Carlos Bezerra (de Rondonópolis), João Teixeira (de Alta Floresta), Rodrigues Palma, Júlio Campos (de Várzea Grande e deputado estadual), Roberto Dorner (prefeito de Sinop), Antero Paes de Barros, Roberto França, Gilney Viana, Carlos Abicalil (de Barra do Garças), Ezequiel Fonseca (de Reserva do Cabaçal), Leonardo Albuquerque (de Cáceres), Abílio Brunini (prefeito de Cuiabá), Percival Muniz (de Rondonópolis), Márcio Lacerda (de Cáceres), Eliene Lima, Ricarte de Freitas (de Sinop), Teté Bezerra (de Rondonópolis), Ubiratan Spinelli, Antônio Joaquim (de Barra do Garças), Celcita Pinheiro (de Santo Antônio de Leverger), Valtenir Pereira, Victorio Galli, Rosa Neide, Nelson Barbudo (de Alto Taquari e novamente deputado federal), Nilson Leitão (de Sinop), Louremberg Ribeiro Nunes Rocha (de Poxoréu), Pedro Henry (de Cáceres), Joaquim Sucena, Augustinho Freitas (de Rondonópolis e Pedra Preta), Telma de Oliveira, Maçao Tadano, Wellington Fagundes (de Rondonópolis e senador), Rogério Silva (de Alta Floresta), Wilson Santos (deputado estadual), Fábio Garcia (novamente deputado federal e chefe da Casa Civil), Neri Geller (de Lucas do Rio Verde), José Medeiros (de Rondonópolis e novamente deputado estadual) e Juarez Costa (de Sinop e novamente deputado federal). Os parlamentares citados sem os nomes de seus municípios são domiciliados em Cuiabá.





