O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu nesta sexta-feira (8/8) a punição dos deputados que resistiram à desocupação do plenário da Casa após as obstruções da oposição. O congressista disse que se reunirá, nesta tarde, com integrantes da Mesa Diretora para discutir eventuais suspensões dos deputados que participaram do protesto.
“Nós vamos, a partir daí, avaliar essas possíveis mudanças. Desde ontem, analisamos imagens, infelizmente, houve casos de agressão (…) E vamos fazer uma reunião na Mesa, ainda na tarde desta sexta-feira, para que possamos discutir essas possíveis punições a parlamentares que se excederam”, declarou o congressista, em entrevista à CNN.
“Eu não posso dizer que, naquele momento de tensão, o presidente da Casa se sentiu confortável de estar vivendo aquilo (…) Mas entendo também o momento de tensão. Se você me pergunta individualmente se deve haver punição, eu acho que deve, porque o que aconteceu foi grave”, completou o presidente da Câmara.
Nessa quinta-feira (7/8), PT, PSB e PSol apresentaram um pedido de suspensão cautelar, por seis meses, dos mandatos de cinco deputados do PL que participaram da ocupação entre os dias 5 e 7 de agosto.
A ala direita protestava contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
As representações foram encaminhadas à Mesa Diretora da Câmara e citam os parlamentares Julia Zanatta (PL-SC), Marcel van Hattem (Novo-RS), Marcos Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Zé Trovão (PL-SC).
Na noite de quarta-feira (6/8), Hugo Motta convocou sessão e anunciou que suspenderia, por seis meses, o mandato de deputados que insistissem na obstrução. Ainda assim, houve resistência da oposição, e a sessão começou tumultuada, com quase duas horas de atraso.
