O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu enviar à análise da Corregedoria Parlamentar todas as representações que pedem a suspensão dos mandatos de deputados envolvidos na ocupação do plenário da Casa. A decisão ocorreu em reunião com os integrantes da Mesa Diretora nesta sexta-feira 8.
Entre os alvos das ações estão os deputados Marcos Pollon (PL-MS), Zé Trovão (PL-SC), Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Camila Jara (PT-MS). As representações defendem a suspensão dos mandatos por seis meses.
Após a análise da Corregedoria, a Mesa Diretora voltará a se reunir para decidir se encaminha ou não os casos ao Conselho de Ética. Alguns desses nomes já estavam na mira de Motta, que ouviu recomendações de líderes do Centrão para punir envolvidos no motim, a fim de demonstrar pulso firme ante a percepção de que saiu fragilizado do episódio.
A deputada petista foi incluída na lista como forma de “balancear” a punição. Jara foi acusada de empurrar Nikolas Ferreira (PL-MG) em meio à confusão para restabelecer o controle do plenário. Jara nega ter agredido o colega. Em nota, a assessoria da parlamentar afirmou que havia um “empura-empurra” e que ela afastou Nikolas, que pode ter se desequilibrado.
A obstrução do plenário ocorreu em protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O grupo também utilizou a medida de força para pressionar pela votação do PL da Anistia, pela análise da PEC que acaba com o foro privilegiado de parlamentares e pela abertura do processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
