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Movimento pró-Pivetta gera dúvida e indiferença no meio político


Secom-MT

O vice-governador Otaviano Pivetta, que tenta capitalizar apoios ao seu projeto político-eleitoral de disputar o Governo de Mato Grosso

Os bastidores da ainda longínqua sucessão estadual ganharam uma forte movimentação com o que era para ser uma visita de cortesia do presidente do Republicanos, Marcos Pereira – ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Governo Michel Temer, entre 2016 e 2018 -, na última terça-feira (8).

Pereira veio – que integrou a equipe de Temer com Blairo Maggi (PP), então ministro da Agricultura – para visitar o colega de partido, vice-governador Otaviano Pivetta, que convalesce de uma Síndrome Respiratória Aguda (Srag), que causa infecção respiratória.

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O que era para ser uma visita de cortesia se transformou em uma reunião político-partidária e num verdadeiro jogo de pressão para que o governador Mauro Mendes (União Brasil), que não é afeito a adotar medidas atropeladamente, decidisse o futuro político do grupo que lidera, mas que tem também outros líderes com cacife.

Como o combustível da política eleitoral são os burburinhos, as supostas definições geraram uma série de conversas paralelas, visando novos cenários e novos nomes para as disputas de 2026.

Mauro Mendes, diante da cobrança dos aliados mais próximos, manteve a mesma postura que sempre teve quando questionado publicamente, ao confirmar que vê no vice-governador o melhor nome para lhe suceder, a partir de 2027. Sem esquecer que, para isso acontecer, é necessário passar por uma eleição. E, como uma disputa é uma “caixinha de surpresas” dela podem sair vários resultados.

A reunião em Cuiabá, no apartamento de Otaviano Pivetta, repercutiu até em Brasília, principalmente entre os mais próximos do senador bolsonarista Wellington Fagundes (PL), que caminha para a metade do seu mandato de oito anos e se coloca como pré-candidato ao Governo do Estado.

O parlamentar logo preparou seu fiel escudeiro, Ananias Santos, presidente do PL de Mato Grosso – também secretário municipal de Governo -, que tratou a reunião com indiferença.

“Não importa a decisão deles, e sim que o PL vai ter candidatos ao Governo de Mato Grosso, ao Senado, à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa, pois fizemos o dever de casa em 2024, o que nos credencia para disputar 2026, com aliados ou não”, afirmou Santos.

Wellington se tornou um político de bastidores e, no dia do encontro entre líderes da base governista no Estado, se articulava para manter viva a possibilidade de  PL ter outros partidos – inclusive, o próprio União Brasil – como companheiros de chapa.

Na ótica do senador bolsonarista, a forma prematura como o grupo do governador está tentando fechar uma chapa majoritária coloca em risco o entendimento com outros partidos. Observou que, em 2018 e em 2022, quando disputou as eleições para governador do Estado, Mauro Mendes tinha diversos partidos coligados e, agora, esses partidos estariam ficando de fora das conversações antecipadas.

“Deixar um nome como do senador Jayme Campos de fora de um entendimento desta envergadura é um erro que pode custar caro”, disse um dos mais próximos e influentes amigos de Mauro Mendes – nome mantido em sigilo, a peddo -, apostando que o seu pensamento era o mesmo do senador Wellington. Ou seja, todos que ficaram de fora do acerto do grupo governista vão procurar outros caminhos para viabilizarem seus seus projetos político-eleitorais.

Virtual candidata ao Senado, a deputada estadual Janaina Riva – nora de Wellington Fagundes -, que caminha para assumir o comando regional do MDB, tambémconsiderou que anda é cedo para se falar em chapas compostas, consolidadas. “Até porque as decisões nos estados dependem muito dos entendimentos nacionais. E, como hoje se tem a possibilidade de concretização das federações entre partidos, é tudo muito prematuro”, afirmou, admitindo, no entanto, que a todo o momento, acontecem conversas em separado ou em grupo, mas sem definições.

Como não existem inexperientes nesse jogo eleitoral, o mais provável é que o grupo que se reuniu para debater o futuro político deixasse vazar possíveis definições, para ver como seriam as repercussões e que partidos ou grupos políticos iriam se manifestar, tanto a favorde Otaviano Pivetta (Republicano) como contra a candidatura governista.

O governador Mauro Mendes  – que, na última segunda-feira (7), um dia antes da reunião que teria definido pela candidatura de Pivetta, com o apoio do PP, PSB, Podemos e União Brasil – declararou que não havia decidido seu futuro político. Ele é pré-candidato a uma vaga no Senado.

O quadro sucessório continua sendo uma incógnita. Só o tempo poderá responder se a conversa de pé de ouvido dos líderes partidários era para valer ou apenas para sondar o ambiente.

Como político matreiro, o senador Jayme Campos (Uniao), que vem de seis eleições majoritárias, se manteve em silêncio, diante do encontro pró-Pivetta, se mantendo ligado às atividades no Congresso Naional.

Jayme seria candidato natural à reeleição. Seu mandato termina em 2026. Mas, também é cotado para disputar o Palácio Paiaguás.





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