Congresso ganhou protagonismo com emendas parlamentares. Após o governo Jair Bolsonaro (PL), o Congresso passou a deter fatia cada vez maior do Orçamento, ganhando independência do Executivo.
Como exemplo, Haddad atribuiu ao Congresso a dificuldade em desvincular o salário mínimo dos repasses para Saúde e Educação. Ele disse que encontra dificuldade em negociar cortes orçamentários mais simples e que a proximidade das eleições inviabiliza a discussão dessa desvinculação, considerada uma das responsáveis pelo aumento da dívida pública.
Ele disse que pediu uma reunião para discutir o tema. “Sugeri uma reunião com [o presidente da Câmara, Hugo] Motta e [com o presidente do Senado Davi] Alcolumbre sobre gasto primário. A gente apresenta estudos, análises, Simone [Tebet, ministra do Planejamento] vem, eu venho, mas precisamos saber o que reverbera aqui dentro [no Congresso] porque estamos há um ano da eleição”, disse. “Estou esperando essa reunião.”
Se não consigo aprovar essa dúzia de iniciativas, como vamos tratar de temas tão delicados como saúde e educação e desvinculação de salário mínimo?
Fernando Haddad
Eleição antecipada?
Haddad negou que o Congresso tenha antecipado a eleição de 2026 ao derrubar o decreto do IOF. “Não quero crer”, disse ele ao citar o dólar em queda, resiliência da economia e a geração de emprego. “A quem interessa estragar esse cenário? Só por questões eleitorais?”, questionou.