A expectativa é que a receita bilionária se transforme em moradias populares e obras de requalificação urbana, como calçadões e abertura de vias.
“O instrumento da operação urbana não pode servir apenas para arrecadar, mas para transformar o perímetro destacado, seja com obras de habitação ou de mobilidade”, afirma o advogado Fernando Bruno, que é ex-diretor do departamento municipal de controle da função social da propriedade.
Paraisópolis não estava no perímetro original da operação, mas foi incluída para poder ser beneficiada pela arrecadação dos leilões.
Aprovada há mais de 30 anos, a Operação Urbana Faria Lima permitiu alterações significativas na região. A venda de Cepacs viabilizou, por exemplo, a construção dos túneis Jornalista Fernando Vieira de Mello e Max Feffer, a reforma do Largo da Batata e a requalificação da Avenida Santo Amaro.
Com o passar dos anos, os investimentos público e privado transformaram a região na queridinha do mercado imobiliário, que chega a cobrar R$ 350 por cada metro quadrado em contratos de locação corporativos.
Centro financeiro e tecnológico do país, a Faria Lima abriga hoje a sede de grandes bancos, startups, fundos de investimentos e gigantes digitais, como Google, Facebook e Uber.