Alguns estudos, incluindo do próprio governo, sugerem que, em vez de 2027, já em 2026 não sobrará um tostão para o governo exercer suas políticas públicas e financiar sua máquina. E, nesse momento, estabelece-se uma grande crise. O que vimos ontem é uma faceta a mais desse processo.
A sucessão presidencial está envolvida nisso. A base de centro e de direita do governo está fazendo suas reavaliações e encontrando a hora de sair, abandonando o governo para embarcar em uma campanha eleitoral contra o presidente Lula e o partido.
É muito grave. O governo não tem muitas alternativas, praticamente nada. Pode recorrer ao Judiciário, que já decidiu que o governo pode usar o IOF como base para arrecadação e não para regulação, como é o entendimento geral. Se o Supremo decidir que é arrecadatório, ouso dizer que está errando. Mas é isso a que o governo se agarra. Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda
Nóbrega mostrou-se pessimista quanto ao futuro econômico do Brasil a curto prazo e prevê grandes crises econômica e fiscal.
Cortar, como é a alternativa dita pelo ministro da Fazenda, também tem implicações muito graves. Hoje, com o nível de rigidez orçamentária, a margem de manobra para gerir o Orçamento está se estreitando cada vez mais. Estamos vendo sinais disso no dia a dia.
Chegará o momento em que haverá um colapso, que será o detonador de uma grande crise fiscal, que se desdobrará em uma grande crise financeira. É um cenário muito preocupante. Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda