A presidente da Câmara de Cuiabá, vereadora Paula Calil (PL), afirmou que o retorno dos vereadores afastados Sargento Joelson (PSB) e Chico 2000 (PL), por decisão da Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), representa alívio financeiro para a Casa. Isso porque, enquanto os parlamentares estavam suspensos, a Procuradoria determinou o pagamento de salários aos suplentes Fellipe Corrêa (PL) e Gustavo Padilha (PSB), além da manutenção dos vencimentos dos titulares por ordem judicial.
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Os vereadores de Cuiabá recebem salário de R$ 26 mil, além de benefícios como verba indenizatória de R$ 19 mil e auxílio-saúde de R$ 2,2 mil.
“Com certeza [traz alívio financeiro]. Como gestora do orçamento, estaremos retornando à normalidade, que já está dentro do previsto. Agora, teremos 27 vereadores recebendo seus subsídios, e não 29, como vinha acontecendo”, disse Paula Calil.
Joelson e Chico 2000 haviam sido afastados no âmbito da Operação Perfídia, da Polícia Civil, que apura suposto esquema de propina. A investigação foi aberta em 2023, após denúncia do atual prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL). Segundo a acusação, os vereadores teriam solicitado R$ 250 mil a um funcionário de empresa responsável pelas obras do Contorno Leste, em troca da aprovação de matéria legislativa.
De acordo com a Polícia Civil, parte do valor foi depositada em conta indicada por um dos vereadores, enquanto outra parte teria sido paga em espécie no gabinete da Câmara. No dia 29 de abril deste ano, foram cumpridas 27 ordens judiciais, incluindo mandados de busca e apreensão, quebra de sigilos telefônicos e eletrônicos, além do sequestro de bens, valores e imóveis de cinco investigados.
Apesar das acusações, Paula Calil declarou que o retorno dos parlamentares não gera instabilidade interna. “O clima é tranquilo. Eles são eleitos pelo povo e respondem pelos seus atos. Conduzo a Casa com transparência, sem nenhum tipo de obstrução da Justiça”, afirmou.
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