O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), minimizou o anúncio feito pelo governo federal sobre a abertura de 400 mercados internacionais para produtos do agronegócio brasileiro. O feito foi comemorado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nesta semana, destacando a conquista como resultado de articulação entre diferentes pastas, setor privado e adidos agrícolas.
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Questionado pela imprensa nesta quinta-feira (21), Pivetta demonstrou ceticismo em relação aos números. “Quando o número é muito grande, até o santo desconfia, né? 400. Nós temos bons e grandes mercados. Eu sempre falei que governo nenhum faz milagre. Se o país, como é o nosso caso, o Brasil, é competitivo e na produção de alimento nós somos o país mais eficiente do mundo, nós sempre vamos nos dar bem nos mercados. É isso”, disse.
Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil alcançou a marca de 400 mercados em 2025 com a autorização para exportar carne bovina com osso e miúdos para as Filipinas, país que em 2024 importou mais de US$ 1,5 bilhão em produtos agropecuários brasileiros.
Entre 2019 e 2022, foram abertos 241 novos mercados. Desde 2023, além de ampliar o acesso em cerca de 200 mercados já conquistados, o país consolidou negociações em produtos tradicionais e também em nichos emergentes. Entre os exemplos estão a carne bovina para o México, avaliada em mais de US$ 214 milhões em exportações em 2024, e o abacate Hass para o Japão, com estimativa inicial de US$ 570 mil.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), destacou que cada abertura representa “uma vitória para o produtor brasileiro”, com reflexos não apenas na economia, mas também na imagem do país como fornecedor confiável de alimentos.
No primeiro semestre de 2025, as exportações do agronegócio somaram US$ 82,8 bilhões, valor semelhante ao do mesmo período de 2024. De acordo com o Mapa, os resultados refletem a política de diversificação de destinos e produtos, com crescimento de 21% em setores menos tradicionais da pauta exportadora.
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