Policiais militares presos por suposto envolvimento no roubo à agência do Sicredi, ocorrido no dia 31 de julho, em Brasnorte, foram identificados como Cabo Anderson de Amaral Rodrigues e Cabo Alan Carvalho da Silva. Ambos passaram por audiência de custódia na Justiça Militar, no último domingo (3), e tiveram as prisões mantidas.
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A prisão da dupla ocorreu após o depoimento da ex-companheira de um dos criminosos já detidos, que revelou o suposto acordo entre os policiais e os integrantes da quadrilha. Segundo ela, os militares foram pagos para atrasar o atendimento da ocorrência e a solicitação de reforço policial, o que permitiu que os criminosos fugissem com vantagem.
Em entrevista coletiva, o tenente-coronel Franco, comandante da região, informou que câmeras de segurança mostraram os dois policiais agindo de forma propositalmente lenta durante o início da ação criminosa. Esse atraso, segundo ele, deu aos bandidos uma vantagem de aproximadamente cinco minutos, tempo suficiente para a fuga em alta velocidade.
Ainda de acordo com o depoimento da testemunha, a dupla teria combinado com os criminosos de simular um confronto, com troca de tiros, para passar a impressão de que teriam tentado impedir o roubo.
Na decisão que manteve a prisão preventiva, a juíza responsável classificou a conduta dos militares como “vergonhosa e perigosa”, especialmente por se tratar de agentes públicos com a função de proteger a sociedade.
Os dois devem responder pelos crimes de corrupção passiva, prevaricação e participação em roubo majorado. Com a prisão dos militares, sobe para 14 o número de presos envolvidos na ação criminosa.
Os criminosos identificados até o momento são: Osvaldo Pereira de Souza, Rodrigo Silva Lucena, Eduardo José Lopes de Moraes, Lucas Vinícius de Amorim da Silva, Cristian Riveiro Galvão, Luiz Carlos da Silva Júnior, Valdemar do Nascimento Alves e Fabrício da Silva Lima.
