Para o USTR, a 25 de Março é um dos maiores mercados dos produtos falsificados. “A falsificação continua generalizada porque as operações de fiscalização não são seguidas por medidas de penalidades de nível dissuasivo e interrupção de longo prazo dessas práticas comerciais ilícitas”, diz a nota.
O ministro acusou ainda que o Brasil passa por “uma intromissão absolutamente indevida”. “[OS EUA estão] preocupados com o meio de pagamento que um país adota e é abraçado por toda a população, empresas, sistema financeiro, que é o Pix”, defendeu Rui.
Os principais focos do USTR estão em áreas como comércio eletrônico e tecnologia, taxas de importação e desmatamento. “O Brasil também parece se envolver em uma série de práticas desleais com relação a serviços de pagamento eletrônico, incluindo, entre outras, a promoção de seus serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo”, diz outro trecho do relatório.
Analisando as possibilidades
O governo tem debatido como responder às promessas de aumento tarifário para 50%. É consenso no Planalto e no Itamaraty que é preciso investir no diálogo e na diplomacia, como indica a nota, mas o governo já tem preparado planos B para tentar amenizar os prováveis impactos econômicos.
Em reunião ontem, os setores produtivos pediram uma negociação sobre estender o prazo. Empresários também reclamaram que a data de 1º de agosto é inexequível e pediram uma extensão de pelo menos 90 dias. Alckmin disse que pode “trabalhar neste sentido”.