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Abilio Brunini (PL) citou o narcotraficante colombiano, líder do Cartel de Medellin, para afirmar que eventos com aparência de ação social seriam usados como fachada para atividades ligadas ao crime organizado, na Capital
O prefeito Abilio Brunini (PL) citou o narcotraficante colombiano Pablo Escobar para afirmar que eventos com aparência de ação social podem estar sendo usados como fachada para atividades ligadas ao crime organizado, em Cuiabá.
A declaração foi dada após a Prefeitura, com apoio da Polícia Militar, ter interrompido dois eventos, no último fim de semana, onde foram identificadas pessoas com lsupostas igações com facções criminosas.
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Um dos casos ocorreu no miniestádio do bairro Jardim Novo Horizonte, onde aconteceria uma partida de futebol beneficente para arrecadar alimentos para cerca de 80 famílias.
A ação foi encerrada após a PM identificar presença de faccionados no local – entre eles, um homem com oito passagens policiais por crimes como agressão e associação criminosa.
“Eu sei que isso é controverso. Muita gente diz: ‘Mas eles estavam doando cesta básica, fazendo o bem’. Mas, é importante lembrar que o Pablo Escobar também fazia ações sociais, e nem por isso deixava de ser um traficante perigoso”, disse o prefeito, comparando a situação ao histórico do megatraficante colombiano, conhecido por financiar obras e ações comunitárias para conquistar apoio popular.
Pablo Escobar. fundador e único líder do Cartel de Medellin, morreu em dezembro de 1993.
Segundo Abilio, além do envolvimento com o crime, o evento não possuía licença junto à Secretaria Municipal de Ordem Pública.
“Foram sete viaturas da Polícia Militar para encerrar a atividade. Não se pode romantizar ações sociais que podem estar sendo usadas por facções para aliciar ou cooptar pessoas”, completou.
Outro evento encerrado: baile funk com menores e som alto
Na noite de sábado (21), a Prefeitura também interrompeu um baile funk por falta de licença, som acima do permitido e presença de menores consumindo bebidas alcoólicas.
Segundo o prefeito, indícios de envolvimento de faccionados também foram identificados.
“Não é preconceito com funk. O problema é a falta de controle. Quando não há autorização, não se sabe quem responde pelo evento. E foi o que vimos ali: menores bebendo e possíveis ligações com o crime organizado”, afirmou.
LEI DO SILÊNCIO – Vale lembrar que, na semana passada, a Câmara de Cuiabá aprovou a nova lei do silêncio, que Estabelece três faixas horárias: período diurno (8h às 22h), período noturno (22h01 às 23h59) e o chamado “período de silêncio” (0h às 7h59), quando fica proibido qualquer tipo de som mecanizado ou eletrônico.
O limite de decibeis varia conforme a faixa de horário e a categoria do evento, tendo como base ainda a expedição ou não de alvarás.
Abilio Brinini ressaltou que o licenciamento de eventos é gratuito e oferece garantias legais, tanto para os organizadores quanto para a segurança do público.
Para ele, muitos organizadores de eventos não solicitam autorização justamente para evitar responsabilização, já que, sem registro em CPF ou CNPJ, fica mais difícil identificar responsáveis em caso de problemas.
“O que ocorre é que esses eventos, por medo de responsabilização, funcionam na clandestinidade. Mas, não se enganem: facções criminosas usam ações sociais para recrutar e se infiltrar onde o poder público não está presente. E o nosso dever é agir”, concluiu.