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Presidente nega violência e discriminação contra servidora e afirma que foi agredido



O presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Meio do Poder Executivo de Mato Grosso (Sinpaig-MT), Antônio Wagner Nicácio de Oliveira, que é alvo de uma decisão fundamentada na Lei Maria da Penha o impedindo de se aproximar de uma servidora, afirmou que os fatos “foram apresentados de maneira distorcida”. Ele nega que teve comportamento discriminatório com a servidora e afirmou que ele é quem foi agredido.

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A Justiça considerou a análise de documentos e verificou que o caso se enquadra nos crimes de ameaça e lesão corporal. Conforme os autos, o presidente não admitia a presença de mulheres em cargos de liderança, caracterizando atos de violência psicológica e moral, com motivação discriminatória.

Por meio de nota, no entanto, o Sinpaig e Antônio Wagner afirmam que o caso ocorreu em ambiente administrativo e que “não houve ofensa, ameaça ou discriminação. O que existiu foram divergências de opinião sobre temas institucionais — naturais e até necessárias em qualquer entidade representativa”.

Na decisão que impôs uma série de medidas protetivas de urgência em favor da servidora, contra Antônio Wagner, a Justiça considerou que, mesmo ausente o vínculo familiar ou afetivo, a dinâmica de dominação e violência baseada no gênero, dentro de uma relação de convivência profissional reiterada, atrai a proteção da Lei Maria da Penha.

O presidente do Sinpaig, porém, disse que, durante um ato público realizado na Praça Ipiranga, ele é quem foi vítima de agressão. Afirmou que a referida servidora arremessou um copo d’água contra ele.

Leia a nota na íntegra:

O Sindicato dos Profissionais da Área Meio do Poder Executivo de Governo de Mato Grosso (Sinpaig/MT) e seu presidente, Antônio Wagner Nicácio de Oliveira, vêm a público esclarecer informações recentemente divulgadas a respeito de decisão judicial que concedeu medidas protetivas em favor de uma servidora pública estadual.

O presidente Antônio Wagner manifesta integral respeito à decisão judicial e à denúncia apresentada, reafirmando seu compromisso com o combate a toda e qualquer forma de violência, especialmente contra a mulher. Entretanto, é imprescindível esclarecer que os fatos foram apresentados de maneira distorcida e fora de contexto, produzindo interpretações equivocadas que esvaziam uma pauta legítima e essencial de defesa dos direitos das mulheres, utilizando-a como ferramenta de disputa política e pessoal.

O caso teve origem em debates internos da Federação Sindical dos Servidores Públicos do Estado de Mato Grosso (FESSPMT), da qual Antônio Wagner também é integrante da diretoria. As discussões ocorreram em ambiente administrativo, dentro de um grupo de dirigentes sindicais, de forma transparente e democrática.

Não houve ofensa, ameaça ou discriminação. O que existiu foram divergências de opinião sobre temas institucionais — naturais e até necessárias em qualquer entidade representativa.

Posteriormente, durante um ato público realizado na Praça Ipiranga, Antônio Wagner foi vítima de agressão, quando um copo de água foi arremessado contra ele pela mesma servidora. O fato ocorreu diante de várias pessoas, e testemunhas já se colocaram à disposição para contribuir com a defesa e o restabelecimento da verdade dos fatos.

Tais acontecimentos reforçam que o presidente do Sinpaig jamais cometeu qualquer ato de violência – ao contrário, foi alvo de hostilidade pública.

É lamentável que um tema tão sensível e necessário como o enfrentamento à violência contra a mulher esteja sendo distorcido para atender interesses específicos, desviando o foco de seu verdadeiro propósito: proteger, educar e construir uma sociedade mais justa e igualitária.

Toda denúncia deve ser levada a sério, mas também com responsabilidade, sob o risco de banalizar e enfraquecer uma luta que pertence a todas as mulheres e à sociedade como um todo.

A história e a prática de Antônio Wagner desmentem qualquer narrativa de discriminação de gênero.

O presidente do Sinpaig lidera uma equipe composta por mulheres, que ocupam cargos importantes de coordenação e assessoramento estratégico dentro do sindicato.

Alem disso, participou da chapa atual na FESSPMT cuja presidência foi ocupada por uma mulher, reforçando seu compromisso com a representatividade feminina e a igualdade de oportunidades.

Também é válido destacar que a presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) em Mato Grosso, entidade na qual Antônio Wagner é vice-presidente estadual, é uma mulher, e que a presidente do SINTAP, Dianyeire Dias de Souza, é outra importante liderança feminina com quem

Antônio Wagner mantém uma relação harmônica e respeitosa de liderança há mais de 10 anos de lutas conjuntas.

Esses exemplos demonstram que sua trajetória sempre foi construída lado a lado com mulheres que exercem protagonismo no movimento sindical.

É importante lembrar ainda que Antônio Wagner é um dos protagonistas da luta pela garantia do direito de mães de filhos com deficiência ao regime de teletrabalho, uma importante conquista que evidencia sua sensibilidade, empatia e compromisso com políticas públicas humanizadas e voltadas para as mulheres.

Portanto, não se sustenta qualquer tentativa de associar sua postura combativa e firme com atitudes discriminatórias.

Antônio Wagner sempre foi um defensor da participação feminina, da diversidade e do diálogo como pilares da gestão pública e sindical.

Alguns trabalhos e encaminhamentos conduzidos pela atual gestão da FESSPMT têm gerado divergências internas de entendimento, especialmente quanto às formas de condução das pautas e prioridades da Federação.

Ainda que o debate seja legítimo e natural em um ambiente coletivo, é preciso reforçar que conflitos internos devem ser tratados com responsabilidade, maturidade e transparência, e não transformados em ataques pessoais.

Antônio Wagner representa, na diretoria da FESSPMT, os servidores públicos estaduais — mais de 100 mil trabalhadores — e tem o direito e o dever de expressar suas opiniões e defender os interesses da categoria.

Divergir é parte da democracia; silenciar diante de incoerências seria omissão.

Com profunda tristeza e pesar, o presidente Antônio Wagner lamenta que disputas internas tenham sido conduzidas por caminhos que em nada contribuem para a categoria.

Sua trajetória sempre foi pautada pela ética, lealdade institucional e pela crença de que a união é o único caminho possível para fortalecer o serviço público e proteger os direitos dos servidores.

Em nenhum momento houve desejo de protagonismo individual, mas sim de somar esforços em prol do coletivo, com dialogo, respeito e compromisso com a verdade.

Cuiabá, 07 de novembro de 2025.

Sindicato dos Profissionais da Área Meio do Poder Executivo de Governo de Mato Grosso – SINPAIG/MT



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