O biomédico Igor Phelipe Gardés Ferraz foi preso na manhã desta sexta-feira (15) durante a Operação Contraprova, deflagrada pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) e que desmantelou um esquema de fraude e falsificações de exames laboratoriais cometido pelos laboratórios da clínica Bioseg Saúde e Segurança do Trabalho. A operação é cumprida na capital, mas também em Sinop e Sorriso, onde a Bioseg possuía outras unidades.
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Laboratório descartava amostras e falsificava resultados de exames
Conforme informações apuradas pela reportagem do Olhar Direto, além de Igor, os outros sócios da Bioseg também foram alvos de busca e apreensão. São eles Bruno Cordeiro Rabelo e Willian de Lima.
Igor já havia sido preso no ano passado durante uma ação da vigilância sanitária de Cuiabá e da Polícia Civil, que fechou um dos laboratórios dele na capital.
Após a prisão em flagrante, pelo crime de peculato, Igor passou por custódia e recebeu a liberdade provisória.
A operação
A rede, identificada por meio de investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), realizava exames para diversos órgãos públicos, como a Câmara e a Prefeitura de Cuiabá, e também para clínicas médicas particulares, nutricionistas e um convênio médico, além de atender pacientes particulares.
Entre as ordens judiciais cumpridas na operação, estão a prisão preventiva do sócio responsável técnico pelo laboratório, busca e apreensão nas residências dos sócios e unidades da empresa, interdição judicial das três unidades, suspensão do registro de biomédico do sócio preso, suspensão de contratos do laboratório com o Poder Público e proibição dos sócios de contratar com órgãos públicos da União, Estados e Municípios.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Juiz de Garantias de Cuiabá, após manifestação favorável da 24ª Promotoria de Justiça, que estão sendo cumpridas com o apoio de policiais civis das delegacias de Sorriso e de Sinop, além de fiscais da Vigilância Sanitária Municipal de Cuiabá.
Ao final do inquérito, os investigados poderão ser indiciados nos crimes de estelionato, falsificação de documento particular, peculato e associação criminosa, cujas penas podem chegar a até 25 anos de prisão, além de multa.
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