Câmeras
Os investigadores da PF que cumpriram mandados de busca e apreensão na residência de Bolsonaro usaram câmeras corporais para ter um registro das imagens da ação e poder rebater eventuais acusações de irregularidades durante a operação.
Em entrevista concedida após a ação, Bolsonaro insinuou que um agente da PF teria plantado um pen drive apreendido no banheiro de sua casa. Ele disse que a agente “pediu para ir ao banheiro e voltou com o pen drive na mão”. Após ser questionado, ele recuou: “Não estou sugerindo nada. Estou é surpreso. Vou perguntar para minha esposa se o pen drive era dela”. Eduardo fez uma publicação nas redes sugerindo que o item poderia ter sido plantada pela PF.
O Estadão apurou que a ação de busca e apreensão foi filmada por meio das câmeras corporais dos agentes. Essa é uma medida que costuma ser adotada pela PF em operações consideradas mais sensíveis, que podem ser alvo de contestação dos investigados. Com isso, a avaliação dos investigadores é de que a insinuação do ex-presidente poderia ser rebatida por meio dos registros dessas imagens. Os vídeos, porém, só devem ser apresentados caso a defesa apresente alguma contestação formal.
Alerta
A Procuradoria-Geral da República pediu ao ministro do Supremo a imposição de medidas cautelares em razão da “possibilidade concreta de fuga de Bolsonaro. O chefe do Ministério Público Federal, Paulo Gonet, considerou que o ex-presidente e Eduardo articularam uma ameaça que “consiste na perspectiva de inflição de medidas punitivas pelo governo norte-americano”.