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Rio Vermelho atinge nível crítico de 1,13 metro em Rondonópolis, o mais baixo em décadas



O Rio Vermelho, principal curso de água que atravessa Rondonópolis, bateu um recorde histórico ao registrar o menor nível de água das últimas décadas nesta quinta-feira (31). A medição, feita pela Defesa Civil do Município, apontou 1,13 metro de profundidade. Até então, o menor nível registrado havia sido em outubro de 2024, com 1,20 metro.

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Segundo o coordenador da Defesa Civil do Município, Marcelo Finazzi Cardinal, nesta quarta-feira (30), a medição no Rio Vermelho registrou 1,15 metro, também muito baixo. 

Ele atesta que o nível normal para o rio nesta época seria na casa dos 3 metros. “Um dos principais motivos para essa expressiva redução no nível de água é o assoreamento, além disso está com as margens bastante desmatadas e com muitos detritos jogados”, avaliou.

Conforme relatório técnico elaborado pela Superintendência de Averbação e Cartografia, da Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo, o Rio Vermelho tem apresentado uma redução acentuada da vazão (volume de água que escoa em um curso de rio) ao longo dos últimos anos, especialmente durante os meses de estiagem.

O estudo mostra que o nível do Rio Vermelho em agosto de 2021 era 1,54 metro. Em fevereiro de 2024, época de chuvas, o nível médio registrado estava em 1,49 metro, significativamente abaixo do esperado para o período. Esse mesmo estudo foi que apontou o nível de 1,20 metro em outubro de 2024, mesmo após chuvas.

O principal alerta do relatório em questão é que a baixa vazão e o assoreamento acelerado do rio prejudicam o abastecimento de água em Rondonópolis, aumentando os custos de tratamento da água, diante da maior concentração de poluentes. A captação insuficiente já afeta o abastecimento de cerca de 50% dos bairros da cidade em períodos críticos.

Para contornar essa situação, o relatório confeccionado recomenda medidas como reflorestamento e recuperação das APPs nas margens do rio; proteção das nascentes e áreas de recarga da bacia hidrográfica; pesquisa e implantação de fontes alternativas para reduzir a dependência do Rio Vermelho no abastecimento; entre outras.
 



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