Um skatista cearense, de 15 anos, foi assassinado a tiros no bairro Vicente Pinzón, em Fortaleza (CE), nessa segunda-feira (30/6). Marco Felipe Mendes de Sousa representou o Ceará em uma seletiva entre jovens skatistas para disputar o Campeonato Brasileiro de Street Amador e chegou ao pódio. O homem suspeito de matar o Marco tem 25 anos e foi preso em flagrante logo após cometer o homicídio.
A Polícia Militar do Ceará (PMCE) contou com a ajuda de câmeras de monitoramento para localizar o suspeito, identificado após atirar em Marco. Após diligências e rondas buscando pelo criminoso, a equipe conseguiu localizá-lo e prendê-lo.
Marco foi morto no mês do Dia Internacional do Skateboarding (21 de junho). As federações cearense e piauiense de skateboard expressaram, em nota conjunta, condolências pelo jovem.
“Hoje, Felipe se soma às estatísticas cruéis de um país que falha com sua juventude. Em menos de seis meses, é o segundo jovem skatista assassinado no Ceará. Nas comunidades onde o Estado não chega, os jovens vivem entre a opressão das forças de segurança e a ameaça das facções. Mesmo sem envolvimento, o risco é diário. Basta morar no ‘lugar errado’”, lamentaram.
Em relação à ameaça das facções descrita pelas instituições, há informações de que Marco pode ter sido morto por um membro de uma organização criminosa local. O suspeito que matou Marco foi autuado por homicídio e corrupção de menores.
O acusado foi conduzido para a sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e está à disposição da Justiça. A PCCE segue com as investigações para identificar e prender outros envolvidos no crime.
Repúdio das federações
Em alguns trechos da nota, as federações de skateboard enfatizaram a crítica com a segurança pública do estado na nota. “É com profunda dor e revolta que recebemos a notícia do assassinato de Marco Felipe Mendes de Sousa, o Felipe Maracajá, skatista cearense de 15 anos, morto na periferia de Fortaleza neste dia — mês do Dia Internacional do Skateboarding”, lamentaram.
“Quando um jovem morre toda a sociedade morre um pouco. Toda mãe sente. Todo pai sangra. Os amigos choram. Não é natural enterrar adolescentes. Felipe Maracajá vive em nossas memórias, nas pistas e no grito de quem segue lutando por justiça. Por paz. Pela vida da juventude periférica”, completaram as federações.