Após dois atentados cometidos contra a vida do vereador Ronildo Mendes Barbosa (Solidariedade-MG), 51 anos, conhecido como Ronildo Meu Povo, o suplente do parlamentar foi preso, nesta terça-feira (10/12), pela Polícia Civil (PCMG). O caso aconteceu no município de Novo Cruzeiro, no Vale do Jequitinhonha, a cerca de 450 metros de distância da capital Belo Horizonte.
Junto ao suplente, mais um homem foi detido preventivamente. Os nomes não foram revelados pelas autoridades, apenas as idades dos suspeitos: 31 e 62 anos. O suplente é apontado como mandante dos crimes e o comparsa como executor.
Os ataques ocorreram nos dias 15 de outubro e 11 de novembro deste ano. Primeiro, Ronildo foi alvo de tiros, mas conseguiu fugir e se esconder em uma área de mata.
O segundo ataque aconteceu na casa do vereador. O veículo do caseiro foi incendiado e estojos deflagrados (com cápsulas de munição vazias, que já foram disparadas) foram deixados no local como forma de intimidação à família.
Durante a operação, foram apreendidas arma de fogo, munições e celulares.
A PCMG confirmou a motivação política dos atentados. Segundo o delegado responsável pelo caso, Richard Gutemberg Silva, a investigação demonstrou que havia um plano estruturado para eliminar o vereador.
“O mandante é suplente imediato do vereador na Câmara Municipal e teria interesse direto na vacância do cargo, que ocorreria em caso de morte do parlamentar. A vítima vinha sendo monitorada e seguida em diferentes datas, especialmente nos dias de sessões legislativas, quando retornava à residência dela, na zona rural,” afirmou o delegado.
A Câmara Municipal de Vereadores de Novo Cruzeiro emitiu nota de repúdio condenando o ato criminoso. “Estamos profundamente preocupados com este incidente e condenamos, veementemente, qualquer forma de violência. Expressamos solidariedade ao vereador e a seus familiares e solicitamos providências às autoridades competentes a devida apuração e punição para este ato criminoso contra a vida.”





