Início NACIONAL Tarifaço derruba exportações, e setores recorrem a férias coletivas

Tarifaço derruba exportações, e setores recorrem a férias coletivas


Paulo Pupo, superintendente da Abimci, afirma que as demissões ainda são pontuais. Segundo ele, na maioria das empresas, as férias coletivas continuam em vigor. O setor calcula que ainda tem um fôlego de mais uma ou duas semanas antes que as companhias evitem decisões mais radicais.

Cenário adverso alcançou também empresas de outros setores. O ramo de calçados decretou férias aos profissionais. Já a Polimetal, uma subsidiária e fornecedora de peças para a fabricante de armamentos Taurus, colocou 33 dos 50 funcionários em férias coletivas em São Leopoldo (RS). Em nota, a Taurus afirma que a providência faz parte da estratégia de transferir parte da produção para os EUA para “minimizar os impactos da taxação” imposta às armas nacionais.

Estratégia

Férias coletivas parciais ou totais representam a ação inicial das empresas. Essa medida ajuda a solucionar o problema imediato, que são os custos de produção elevados sem vendas, e a pensar com mais calma no longo prazo. Além disso, barateia as rescisões dos trabalhadores, porque, se não tiradas, as férias precisam ser pagas em dinheiro quando da demissão.

Próxima etapa é a demissão de funcionários, dizem os setores. Essa é a saída sem a reversão das tarifas, a abertura de mercados para escoar as vendas que iriam aos EUA ou medidas do governo como a autorização para a suspensão temporária dos contratos de trabalho, de acordo com os empresários. No entanto, trata-se de uma opção que gera grandes custos trabalhistas com verbas rescisórias e indenizações.

Existe ainda a possibilidade de uso do banco de horas, de antecipação de feriados e de fechar acordos diretamente com os sindicatos como alternativas prévias às demissões. A legislação trabalhista não contempla casos especiais como pandemias ou tarifaços.



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