Na década de 80, o pai da psicóloga Roberta Pederneiras Jorge, de 48 anos, comprou o terreno hoje conhecido como Morro dos Ventos, que na época sequer tinha nome, em Chapada dos Guimarães (a 64 km de Cuiabá). O lugar virou refúgio para a família, principalmente nas férias escolares. Anos depois, Roberta começou a pensar em abrir o espaço para que mais pessoas tivessem a mesma experiência que ela conhece desde criança. O local ganhou duas cabanas charmosas para hospedagem da Casa&Chalé Paraíso Morro dos Ventos.
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Depois de adulta, ganhei um terreno do meu pai dentro dessa área e construí minha casa aqui. O terreno é grande e eu sempre olhava em volta e pensava, é tão bonito, preciso dar oportunidade pra outras pessoas conhecerem esse paraíso também! Foi daí que surgiu a vontade de construir os chalés, para que mais pessoas pudessem viver o que eu sempre vivi aqui, com paz, beleza e conexão com a natureza”.
Roberta mora em Brasília (DF), onde a filha cursa medicina, mas costuma visitar Chapada dos Guimarães, onde também aluga a casa com o mesmo propósito. Por enquanto são dois chalés prontos, mas a ideia é continuar ampliando aos poucos a hospedagem. “Mantendo sempre esse cuidado e essência”.
Investir em hospedagem em Chapada dos Guimarães começou quando Roberta decidiu alugar a própria casa para pessoas que queriam curtir a natureza na região. A primeira cabana foi construída no ano passado e, em 2025, ela inaugurou mais uma unidade no espaço.
“Sempre gostei de receber, de cuidar dos detalhes e de criar ambientes aconchegantes. Como psicóloga, acredito muito no poder que o ambiente tem sobre o bem estar das pessoas. Então, quando pensei em construir os chalés, foi com o desejo de oferecer algo que realmente fizesse bem. Queria que as pessoas sentissem o que eu sempre senti aqui, paz, leveza e um tempo para si mesmas. Cada chalé foi pensado para proporcionar uma experiência, não apenas uma hospedagem. E ver os hóspedes saindo encantados, relaxados e felizes é o que mais me motiva a continuar investindo nisso”.
Roberta optou por construir cabanas para preservar o “ar rústico, acolhedor e romântico” semelhante ao de Chapada dos Guimarães. A ideia da psicóloga era uma arquitetura que se integressa à natureza. “Queria que os hóspedes tivessem a sensação de refúgio, de se desligar do mundo lá fora. A madeira, o cheiro, a luz entrando pelas janelas, tudo contribui para criar esse clima acolhedor que sempre imaginei. É um estilo que conversa com o lugar e com o tipo de experiência que quero oferecer”.
Para a construção, Roberta optou por valorizar fornecedores locais e se preocupou com questões de sustentabilidade. “Nada desperdiçado, materiais duráveis, escolhas conscientes que respeitassem o ambiente natural. No fim, cada escolha reflete o que quero que o hóspede sinta: um espaço acolhedor, bonito e conectado a Chapada”.
Entre os desafios para tirar o projeto do papel, Roberta cita questões burocráticas, logística, obras e a manutenção do padrão de qualidade. Para se destacar em um mercado competitivo, o cuidado com cada detalhe é o diferencial: chalés equipados com roupões, lençóis e toalhas de primeira linha, utensílios domésticos de qualidade, fogueira, churrasqueira, kit fondue e chocolate e vinho de cortesia.
Empreender na Chapada trouxe aprendizados específicos, como lidar com mão de obra mais difícil de conseguir, custos mais altos e transporte de materiais. “Cada detalhe faz diferença na experiência do hóspede”, diz. O retorno do público confirma isso: elogios à limpeza, conforto, mimos e à possibilidade de se desconectar da rotina são constantes.
O sonho de Roberta é que os chalés sejam lembrados como um refúgio, um espaço de descanso e conexão com a natureza e com pessoas queridas. “Quero que, daqui a alguns anos, o espaço seja reconhecido pelo cuidado e carinho que colocamos em cada detalhe, proporcionando bem-estar, conforto e experiências inesquecíveis na Chapada”, finaliza.
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