Início NACIONAL Vídeo do CNJ orienta mulheres em situação de violência a pedir ajuda

Vídeo do CNJ orienta mulheres em situação de violência a pedir ajuda


Campanha lançada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) orienta mulheres a pedirem ajuda em situação de violencia. O símbolo da campanha é um xis vermelho desenhado na mão, o que simboliza um pedido de socorro. O CNJ mostra como mulheres podem agir e como as pessoas que identificarem o sinal podem colaborar. A intenção é de quanto mais gente conhecer a medida, mais se ampliará a rede de denúncia e acolhimento.

Assista ao vídeo

A divulgação do vídeo ocorre em um contexto no qual o Poder Judiciário avança no combate aos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. Dados do CNJ indicam que o tempo médio entre o início do processo e a concessão da primeira medida protetiva é de apenas quatro dias. A celeridade representa uma mudança significativa em relação a anos anteriores. Em 2020, esse intervalo chegava a uma média de 14 dias.

Além de mais rápidas, as decisões também têm alcançado um número cada vez maior de mulheres. Em 2023, foram concedidas quase 560 mil medidas protetivas de urgência em todo o país. No ano seguinte, o volume subiu para 612 mil. Somente em 2025, até o mês de outubro, já foram concedidas 518,9 mil medidas.

Decisões

Atualmente, o Brasil conta com 175 varas e juizados exclusivos de violência doméstica e familiar contra a mulher. Esse é o maior número desde o início da série histórica, em 2016, quando existiam 109 unidades desse tipo. Pesquisas anteriores do CNJ demonstraram que, nessas varas exclusivas, as decisões relativas às medidas protetivas de urgência tendem a ocorrer de forma mais ágil, devido à especialização das equipes e dos fluxos processuais.

Conforme previsto na Lei Maria da Penha, as varas e juizados exclusivos contam com atendimento multidisciplinar, essencial para uma abordagem integral dos casos.

Dados de 2024 identificaram a existência de 96 setores psicossociais exclusivos espalhados pelo país, responsáveis por realizar entrevistas, acolhimento e estudos técnicos voltados à escuta qualificada de mulheres em situação de violência e de suas famílias, com foco na identificação de fatores de risco e na orientação adequada.

No mesmo período, também foram contabilizadas 285 salas de atendimento privativas, ambientes reservados e seguros, pensados para oferecer um atendimento mais humanizado e protegido a mulheres e crianças.

Nos processos relacionados à violência doméstica, a taxa de congestionamento observada até outubro deste ano é de 49,3%. Isso significa que ao menos 50 processos judiciais a cada 100 tramitaram nos últimos doze meses, a partir do mês de referência.

Nos processos ligados ao feminicídio, essa taxa é de 53,4% no mesmo período. Ambas apresentam melhor desempenho que o observado na média nacional atual, que é de 62,2%.

Já o índice de atendimento à demanda alcançou, até outubro, os percentuais de 91,5% e 95,7%, para violência doméstica e feminicídio, respectivamente. Esse indicador mede a capacidade de finalizar processos na mesma proporção ou maior do que a quantidade de novos casos que se recebe.

Campanha e vídeo

A criação da campanha Sinal Vermelho foi o primeiro resultado prático do grupo de trabalho criado pelo CNJ para elaborar estudos e ações emergenciais voltados a ajudar as vítimas de violência doméstica durante a fase de isolamento social.

O grupo foi criado pela Portaria n. 70/2020, após a confirmação do aumento dos casos registrados contra a mulher durante a pandemia.

A produção do vídeo pelo CNJ contou com apoio da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e colaboração das empresas Uber e Ifood, que são parceiras do Conselho na promoção de ações de enfrentamento à violência contra mulher.



FONTE

Google search engine